sportingbethttps://www.hn-plastic.comNotícias, ações e muito mais sobre investimentos. Informação que vale dinheiro.Sun, 30 Apr 2023 17:11:37 +0000pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.2https://www.hn-plastic.com/wp-content/uploads/2019/10/IM-Favicon.png?fit=32%2C32&quality=70&strip=allsportingbethttps://www.hn-plastic.com3232sportingbethttps://www.hn-plastic.com/mercados/eztc3-asai3-as-5-maiores-altas-e-as-5-maiores-baixas-do-ibovespa-no-mes-de-abril/Fri, 28 Apr 2023 21:02:59 +0000https://www.hn-plastic.com/?p=2120394ações bolsa queda baixa alta índices cotações cotaçãoAções do Assaí se destacaram como a maior baixa do mês, enquanto EzTec, BTG Pactual e Ecorodovias tiveram os maiores ganhos do período

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O Ibovespa registrou alta de 2,5% em abril, recuperando-se parcialmente após uma queda de quase 3% em março. O noticiário sobre o arcabouço fiscal e sinais de desaceleração da inflação no Brasil e nos Estados Unidos (ainda que haja debate sobre os próximos passos sobre juros) estiveram no radar dos investidores no período.

Entre as maiores altas do mês, estiveram as ações de EzTec (EZTC3), BTG Pactual (BPAC11) e Ecorodovias (ECOR3), com avanço de cerca de 19%, enquanto Assaí (ASAI3) se destacou como a maior perda do índice, com baixa de cerca de 20%.

Confira as maiores altas e baixas do mês:

Maiores altas

EzTec (EZTC3): + 19,29%

Analistas já destacavam desde o fim do mês passado que a EzTec pudesse ser uma oportunidade em um cenário de queda dos juros. Essa visão, por sinal, motivou a elevação da recomendação da ação de neutra para equivalente à compra no fim de março pelo Itaú BBA.

Os analistas avaliaram que a EZTC3 oferecia uma assimetria atraente, além de possuir um caixa líquido e uma torre corporativa em construção que representa 30% do valor de mercado da companhia; e as expectativas de lucro já foram revisadas pra baixo, deixando pouco espaço para novas revisões negativas.

De acordo com os analistas do banco, o mercado de construção de média renda se beneficia com inflexões no cenário macro, que estimam estar perto de acontecer.

A companhia ainda divulgou prévia do primeiro trimestre em meados de abril. Ela atingiu R$ 418 milhões em vendas, reduzindo seu estoque em 11%. Do volume vendido, R$ 271 milhões são de estoque em obra, o maior volume da história da companhia, conforme destacou.

“Acreditamos que os resultados operacionais do primeiro trimestre foram decentes, já que a recente campanha de vendas da Eztec (Estilo EZ) e a Home Store já deram frutos, reduzindo os estoques em 8% no trimestre. Apesar da perspectiva mais desafiadora para construtoras residenciais de médio/alto padrão, mantemos uma recomendação de compra na Eztec”, apontou o BTG na ocasião.

BTG Pactual (BPAC11): +19,19%

A unit do BTG Pactual registrou desempenho positivo e foi destaque de alta do Ibovespa após um comecinho de ano em que esteve as voltas com o caso Americanas(AMER3). De qualquer forma, mesmo com as provisões para perdas da varejista em recuperação judicial, a companhia conseguiu apresentar resiliência dos seus resultados do 4T22, divulgados no início do ano.

As expectativas do mercado se voltam agora para os números do primeiro trimestre de 2023, a serem divulgados no dia 8 de maio, antes da abertura do mercado.

“Esperamos que os lucros reportados se recuperem em 19% no trimestre no BTG, já que o 4T22 foi impactado em R$ 580 milhões devido à Americanas”, aponta o Goldman Sachs. As receitas, por sua vez, devem ser impactadas por menores captações e atividade mais fraca do mercado de capitais, mas os analistas da casa seguem com recomendação de compra para a unit da companhia.

Já a XP aponta que, apesar da pressão das taxas de juros elevadas sobre o segmento de mercados de capital, espera resultados ligeiramente positivos para o BTG Pactual, favorecido pelo crédito corporativo e Sales & Trading.

Além disso, antecipa que os segmentos de gestão de ativos (asset management) e gestão de patrimônio (wealth management) devem continuar se desempenhando bem neste trimestre.

Como ponto negativo, os recentes eventos adversos nos mercados de crédito devem afetar a linha de banco de investimento. Em geral, veem a receita crescendo +32% no trimestre e +10% na base anual. Isso deve resultar em um lucro líquido recorrente de R$ 2,2 bilhões (+8% na base anual e +26% no trimestre).  A XP tem recomendação neutra para a unit, com preço-alvo de R$ 30, vendo a sólida execução do BTG como já precificada (dado o atual prêmio em relação aos seus pares).

Ecorodovias (ECOR3): +19,11%

Depois de dados do quarto trimestre de 2022 considerados positivos, indicadores dos primeiros três meses também animaram, assim como a perspectiva de que a empresa possa ser beneficiada em um cenário de queda de juros (que, ainda que não iminente, está mais próximo de acontecer).

O Itaú BBA destacou os dados positivos de tráfego da Ecorodovias em março (+3% na comparação anual em base comparável), aliados ao ramp-up (início de operação) de novas concessões, que devem impulsionar o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês). “Dito isso, nossas preocupações com a alavancagem de longo prazo da empresa nos impedem de assumir uma posição mais otimista”, avaliam.

Em análise sobre as projeções para o primeiro trimestre, analistas do BTG Pactual também apontam que a Ecorodovias já divulgou seu tráfego para o trimestre com números positivos (+4% no ano e +22% no ano em uma base consolidada, com a diferença decorrente da EcoRioMinas e Ecovias do Araguaia). Em uma base consolidada, estimam receitas de R$ 1,1 bilhão (+46% na comparação anual e estável no trimestre) e Ebitda ajustado de R$ 784 milhões (+65% na base de comparação anual e estável no trimestre), produzindo uma margem de 70% (-50 pontos-base frente o 4T22t).

A estimativa de lucro líquido é de R$ 95 milhões no 1T23 (em comparação com R$ 12 milhões no último trimestre).

“No conjunto, vemos a ECOR3  como uma tese interessante para um cenário de taxas de juro menores (se houver cortes nas taxas), especialmente devido a melhores expectativas de tráfego para 2023, embora consideremos que a alavancagem e os compromissos de capital elevados permanecem sendo desafios de curto prazo”, apontam os analistas do banco.

São Martinho (SMTO3): +16,21%

O começo de ano também foi positivo para as ações da empresa sucroenergética São Martinho, em meio às notícias sobre maiores cobranças de impostos de combustíveis impactando menos o etanol, tornando-o mais competitivo, e também com analistas apontando uma melhora do mercado.

O Bank of America destacou que, após volátil safra 22/23, as perspectivas para o setor sucroalcooleiro são sequencialmente melhores em 23/24. Uma alta no preço do açúcar em meio a um mercado global mais apertado, uma recuperação gradual nos preços do etanol e boas condições da safra devem impulsionar a recuperação dos resultados na base anual.

Apesar da visão mais positiva, contudo, o BofA reiterou nesta semana recomendação neutra para a ação SMTO3, ainda que elevando o preço-alvo de R$ 30 para R$ 32.

Os analistas veem um limitado potencial de valorização e maior exposição ao etanol como combustível do que seus pares.

Copel (CPLE6): +15,56%

A companhia paranaense de energia passou por anúncios durante o mês que aproximaram a estatal da privatização, impulsionando a ação.

Em meados de abril, o bônus de outorga para renovar por 30 anos as concessões das três UHEs mais relevantes da Copel foi fixado em R$ 3,7 bilhões, condicionado à transferência do controle para um player privado. No entanto, uma eventual privatização deve permitir que a Copel mantenha o controle das UHEs.

Adicionalmente, o Estado do Paraná informou que o Supremo Tribunal Federal homologou um acordo entre o Estado do Paraná e o Itaú, referente à dívida envolvendo ações da Copel como garantia.

“Com o acordo, mais um risco foi eliminado, deixando o Estado livre para fazer uma oferta secundária do tamanho que precisa. Vemos as notícias como positivas, demonstrando que nosso cenário mais otimista (privatização da Copel e renovação das concessões das três maiores UHEs – permitindo que a Copel mantenha o controle das UHEs – até o final de 2023) está cada vez mais próximo”, apontou a XP em análise.

Nesta semana, o jornal Valor ainda noticiou que a Copel iniciou a fase de conclusão do sindicato de bancos que vai conduzir a oferta subsequente de ações (follow-on) de R$ 5 bilhões que visa a privatização da estatal, em linha com o modelo calculado pelo Bradesco BBI que aponta a movimentação de R$ 2 bilhões em oferta primária e R$ 3 bilhões em oferta secundária (ONs vendidas pelo governo estadual).

Mas também vale ficar de olho no noticiário político sobre o caso. Um grupo de deputados do Paraná ligados à da Frente Parlamentar das Estatais e das Empresas Públicas entrou nesta semana com uma representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionando o processo de privatização e alegando que foi cometida uma série de infrações no processo.

Já a Copel informou em nota que, “a transformação da companhia em corporação, definida pelo Estado do Paraná a partir de lei aprovada na Assembleia Legislativa, ocorre em respeito a toda a legislação que rege o referido processo, o que inclui o regramento para empresas de capital aberto, com a fiscalização do Tribunal de Contas do Estado do Paraná”.

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Confira as maiores altas do Ibovespa em abril:

EmpresaTickerPreçoVariação percentual
EzTecEZTC3R$ 14,53+19,29 %
BTG PactualBPAC11R$ 23,42+19,19 %
EcorodoviasECOR3R$ 6,17+19,11 %
São MartinhoSMTO3R$ 31,40+16,21%
CopelCPLE6R$ 8,02+15,56 %

Maiores baixas

Assaí (ASAI3): -20,59%

Liderando as perdas de abril com certa folga, as ações da companhia de atacarejo Assaí passaram praticamente o mês inteiro no negativo, pressionada principalmente pela fala de seu presidente, Belmiro Gomes, em teleconferência no último dia 5 sobre uma revisão dos investimentos da empresa para este ano.

Havia um rumor sobre uma oferta primária de ações da companhia, que foi desmentido pelo executivo. Ele, por outro lado, confirmou a revisão e a possibilidade de venda de ativos, o que piorou a percepção do mercado sobre o futuro do Assaí.

Segundo Gomes, está ocorrendo uma revisão dos investimentos por conta do aumento do custo do capital com a Selic. “Não há uma discussão de oferta primária neste momento. O que temos é uma discussão, ainda em andamento, sem decisão tomada, de revisão de investimentos orgânicos em 2023 e 2024, para fazer frente ao aumento do custo da dívida”, disse.

O executivo afirmou que há 22 obras de lojas em andamento neste momento, com conversões de unidades de Extra em Assaí, e isso está mantido “por enquanto”. “Se formos a uma Selic de 16%, 17% ao ano, aí a empresa vai cortar investimentos, mas hoje a questão ainda está em estudo e pode ter ou não mudanças nos planos de 2023 e 2024”, completou.

Além disso, há também considerações com o resultado da companhia, que será divulgado no próximo dia 4. Para os analistas da Genial Investimentos, o Assaí deve sofrer uma pressão relevante do seu alto nível de alavancagem, podendo ser impactado pelo cronograma de pagamentos com a compra de lojas do Extra.

Eles estimam um lucro líquido de R$ 41 milhões no período, uma queda de 81% na comparação anual, implicando em uma margem líquida de 0,3%, um recuo de 160 pontos-base.

“Porém, acreditamos que esse impacto será temporário. A rápida maturação das lojas convertidas, que vem apresentando performance de vendas entre 2,0x e 2,5x superior ao formato de hipermercado, deve continuar ajudando a diluir o peso das despesas operacionais nos próximos trimestres. Adicionalmente, passados os pagamentos das lojas convertidas, as novas unidades devem impulsionar a geração de caixa operacional, aliviando o nível de alavancagem da companhia a partir do 2S23”, conclui a Genial.

Natura (NTCO3): -16,21%

Em seguida ficaram os papéis da Natura, que no início do mês anunciou a tão aguardada venda da Aesop para a L’Oreal por US$ 2,5 bilhões. A notícia, que em um primeiro momento pode parecer positiva, acabou desencadeando uma forte queda das ações desde então.

Analistas realmente avaliaram bem a venda, dizendo que ela reduzia efetivamente a alavancagem da Natura e forneceria à empresa a flexibilidade financeira necessária para conduzir mudanças estruturais em marcas que atualmente não geram caixa, como destacou o Goldman Sachs.

Por outro lado, o próprio banco ressaltou que a notícia também trouxe riscos. “Cortar operações deficitárias e mercados é, em última análise, necessário para melhorar a lucratividade, em nossa opinião, mas também vemos desafios na redução do negócio”, apontaram os analistas.

Na ocasião, o Goldman manteve a recomendação neutra para as ações NTCO3, pois buscava sinais de uma recuperação bem-sucedida na lucratividade, além de uma melhor visibilidade no futuro para o crescimento orgânico da Avon Latam, TBS e Avon International.

Sobre a queda dos papéis, os analistas disseram que o movimento refletiu uma “mudança do foco do investidor para o negócio principal”, além de um possível cenário de investidores embolsando lucros, já que no ano, até o dia 3 de abril (quando a venda foi anunciada), os ativos da Natura já haviam subido 28%, enquanto o Ibovespa caiu 5%.

Ainda nesse ambiente de começar a focar nas operações que se mantiveram no grupo e tentando retomar a lucratividade desses ativos, a Natura anunciou no dia 19 a saída do presidente-executivo da marca The Body Shop, David Philip Boynton, o que, segundo o JPMorgan, não foi uma surpresa após a “deterioração significativa dos resultados operacionais da marca nos últimos anos”.

Minerva (BEEF3): -15,54%

A Minerva chamou atenção com um desempenho bem pior que seus pares, que tiveram apenas leves quedas no mês. Mesmo com abril começando com a retomada das exportações para a China após uma paralisação por conta de casos de “vaca louca”, a companhia teve uma forte queda, de mais de 15%, conforme analistas projetam um resultado fraco de 1º trimestre.

Segundo a XP Investimentos, os números do frigorífico devem ser bastante impactados pela falta das vendas para o gigante asiático nos três primeiros meses do ano, com uma paralisação que demorou 29 dias. Mas os analistas apontam também que o apetite foi menor que o esperado quando as exportações foram retomadas.

“Vemos a Minerva negociando com um valuation interessante, mas as preocupações de curto prazo que devem continuar afetando negativamente o desempenho das ações, na nossa opinião”, afirma a XP.

Para os analistas, esse valuation ainda não deve desencadear uma retomada dos papéis por conta de preocupações de curto prazo para os investidores, em especial: (i) o apetite chinês; (ii) o desempenho da Argentina; e (iii) a taxa de câmbio. “Seguimos otimistas com o retorno da China e já contabilizamos o pior câmbio e o desempenho da Argentina. Portanto, seguimos confiantes de que a Minerva aproveitará os preços mais baixos do gado para obter melhores margens e recuperar resultados nos próximos trimestres”, concluem.

Méliuz (CASH3): -14,85%

Apesar de não ter uma notícia específica que tenha puxado os papéis, o Méliuz segue um movimento negativo que já dura algum tempo. Exatamente no primeiro dia de pregão de abril, as ações passaram a negociar abaixo de R$ 1,00 (algo que já havia ocorrido no início de março), o que, além de levar a variações percentuais mais fortes do preço por conta do seu baixo valor de face, também cria riscos para a companhia, que inclusive pode sair do Ibovespa se não resolver a questão.

Diante disso, a empresa já havia anunciado no dia 27 de março a aprovação pelo seu Conselho de uma proposta de grupamento e desdobramento simultâneos de suas ações ordinárias, por meio da qual cada grupo de cem ações será agrupado em uma ação, enquanto cada uma ação será desdobrada em dez.

O Méliuz tem apresentado prejuízos constantes e no mês passado divulgou que teve resultado negativo de R$ 5,4 milhões no 4º trimestre de 2022. Apesar do número indicar uma redução de 82% em relação ao prejuízo de R$ 29,7 milhões do mesmo intervalo de 2021, ainda não foi suficiente para animar o mercado.

Vale lembrar que a companhia anunciou em março a venda do Bankly para o BV, uma operação dada como positiva, mas que ainda deve demorar para ser concluída já que depende da aprovação do Banco Central.

 

Carrefour Brasil (CRFB3): -12,74%

Não bastasse o cenário já bastante conturbado para o setor de consumo diante do cenário perigoso de crédito e surpresas ruins para diferentes empresas do setor, o mês do Carrefour também foi muito agitado.

Ainda na primeira quinzena de abril, a companhia anunciou um acordo com os vendedores do Grupo BIG, em que poderá haver uma redução no preço de até R$ 1 bilhão após a liberação de certas obrigações não divulgadas que o vendedor tinha no contrato de compra original. O acordo foi fechado em junho de 2022 por um total de R$ 7,5 bilhões, que já foram totalmente pagos em dinheiro e ações.

Na ocasião, o JPMorgan disse ter uma leitura mista do anúncio, pois ele adicionou ruído extra em relação à situação geral do Grupo BIG, especialmente sobre a condição/desempenho das lojas e responsabilidades que vieram com a operação.

Poucos dias depois, as ações do Carrefour desabaram mais de 8% após o UBS BB cortar sua recomendação para a empresa de compra para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 21 para R$ 13. De acordo com os analistas, os custos de integração do Grupo BIG contribuíram para a pressão de margem Ebitda de cerca de 1,5 ponto percentual do grupo no quarto trimestre de 2022, tendência que os analistas esperam que se mantenha, enquanto as vendas de lojas convertidas ainda não amadureceram.

Já no último dia 24, a companhia divulgou sua prévia operacional, com vendas consolidadas de R$ 27,1 bilhões no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 30,7% na comparação com o mesmo período de 2022, como combinação de crescimento de vendas mesmas lojas (LfL, ou SSS), expansão orgânica do Atacadão e integração do Grupo BIG, que representou 17,3% do crescimento total.

Porém, no geral, analistas de mercado destacaram os números entre neutros e levemente negativos, com desaceleração das vendas e um ambiente concorrencial mais forte.

Confira as maiores quedas do Ibovespa em abril:

EmpresaTickerPreçoVariação percentual
AssaíASAI3R$ 12,29-20,59%
NaturaNTCO3R$ 11,06-16,21%
MinervaBEEF3R$ 8,55-15,54%
MéliuzCASH3R$ 0,86-14,85%
Carrefour BrasilCRFB3R$ 10,75-12,74%

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sportingbethttps://www.hn-plastic.com/mercados/acoes-da-petz-em-queda-apos-jpmorgan-cortar-recomendacao-e-indicar-preocupacao-com-concorrencia/Thu, 27 Apr 2023 20:11:12 +0000https://www.hn-plastic.com/?p=2119069Analistas ainda cortaram o preço-alvo das ações para este ano de R$ 13 para R$ 7,50

The post Ações da Petz (PETZ3) caem quase 5% após JPMorgan cortar recomendação para neutra e indicar preocupação com concorrência appeared first on sportingbet.

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As ações da rede de pet shops Petz (PETZ3) caíram forte nesta quinta-feira (27), após a companhia ser rebaixada pelo JPMorgan e ter seu preço-alvo cortado em mais de 40% diante de um cenário macroeconômico mais adverso e aumento da concorrência.

Com a avaliação, as ações da companhia já iniciaram o pregão em queda, que durou o dia inteiro, fechando com perdas de 4,87%, cotadas a R$ 6,05. A equipe do banco, liderada por Joseph Giordano, cortou sua recomendação de overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para neutra, com o preço-alvo para o fim desse ano saindo de R$ 13 para R$ 7,50 por ação, o que representa uma valorização de cerca de 18% sobre o preço do fechamento de ontem.

Além disso, o JP reduziu suas projeções para as principais métricas da empresa em 2024, cortando a expectativa de vendas em 13%, de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 17% e lucro em 16%. “Negociando a 38 vezes o lucro estimado para este ano e a 21 vezes o do ano que vem, vemos um potencial de alta limitado nos preços atuais,” diz o relatório.

Segundo a equipe de análise, houve um grande aumento da competição no setor desde que a Petz fez seu IPO em outubro de 2020, com uma concorrência que chega a 35% no mercado em São Paulo. “Isso aponta para um ambiente potencialmente mais acirrado em um momento em que a penetração de produtos alimentícios – que oferecem pouca diferenciação – permanece elevada em cerca de 60% das vendas em meio ao ambiente desfavorável para produtos discricionários”, afirmam os analistas.

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Além disso, o banco avalia que o overlap (sobreposição) de lojas de marcas concorrentes num raio de 2 quilômetros das lojas da Petz subiu 15 pontos percentuais desde o IPO da empresa, passando de 44% para 61% em São Paulo, enquanto no Brasil o percentual subiu de 38% para 51%.

Apesar da Petz ainda ser a empresa com maior número de lojas no país, houve um forte aumento do número de unidades concorrentes, principalmente da Cobasi, que agora tem mais lojas em São Paulo (120 contra 109), seguindo sua estratégia de crescer no estado, enquanto a Petz focou no resto do Brasil.

“A Cobasi deve continuar expandindo a um ritmo acelerado, com a companhia sinalizando entre 40 e 45 novas lojas este ano, em comparação com 35 da Petz”, afirma o JP.

Outro ponto é que o banco vê uma expansão menor que o esperado anteriormente para a Petz, e com uma estratégia voltada para lançamento de lojas menores, sem a área de serviços. Essa mudança de projeção levou o JP a reduzir sua expectativa de áreas de vendas em 12% para este ano e em 19% para 2024.

Nesse cenário, o banco também diminuiu a CAGR (taxa de crescimento anual composta) esperada para a receita da Petz de 23% para 16%, ajudado por uma maior penetração nas vendas online.

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sportingbethttps://www.hn-plastic.com/mercados/jbs-jbss3-subsidiaria-dos-eua-tem-resultado-positivo-mas-analistas-divergem-sobre-impacto-na-brasileira/Thu, 27 Apr 2023 18:57:52 +0000https://www.hn-plastic.com/?p=2119248Analistas do Itaú BBA apontam que operação da Pilgrim’s Pride deve ser a única no portfólio da JBS que apresentará uma melhoria sequencial de margem no 1T23

The post JBS (JBSS3): subsidiária dos EUA tem resultado positivo, mas analistas divergem sobre impacto na brasileira appeared first on sportingbet.

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Depois de um fim de 2022 decepcionante, a Pilgrim’s Pride, subsidiária da JBS (JBSS3) produtora de frango nos Estados Unidos e em Porto Rico, reportou um resultado em linha com o esperado no 1º trimestre deste ano e ainda deu sinais de melhora ao longo do período, segundo analistas do Itaú BBA.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia ficou em US$ 152 milhões, em linha com as estimativas de consenso da Bloomberg, enquanto a margem Ebitda ficou apenas 0,1 ponto percentual abaixo do esperado, em 3,6%.

“Apesar dos resultados gerais estarem em linha, acreditamos que eles ainda podem ser lidos como ligeiramente positivos, dadas algumas tendências benignas visíveis nos números do trimestre e o mix de boa qualidade”, avalia a equipe do BBA.

Entre os destaques, os analistas ressaltaram que grande parte da melhora nos resultados da PPC no 1º trimestre pode ser atribuída ao aumento de 1,2 ponto percentual na margem Ebitda dos EUA no período. Além disso, as operações na Europa e no México também registraram evolução, de 0,2 ponto percentual (p.p.) e 11,9 p.p., respectivamente.

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Além disso, o BBA destaca o “mix de qualidade reportado”, já que o negócio de grandes aves nos EUA apresentou melhora ao longo do trimestre, o que pode apontar para melhorias sequenciais de lucratividade nos próximos balanços. “A empresa também afirmou que janeiro foi desafiador, sugerindo uma possível leitura de que a taxa de execução no início do 2T23 poderia estar acima da lucratividade média do 1T23”, completam os analistas.

A XP também aponta que a PPC reportou mais um trimestre de resultados fracos devido à já conhecida perspectiva difícil de oferta e demanda de aves, especialmente nos EUA. No entanto, os resultados ficaram acima das suas estimativas, refletindo uma melhoria interessante sequencialmente das margens em todas as 3 regiões (EUA, Europa e México).

A receita líquida ficou em linha com as estimativas da XP, mas o Ebitda ajustado foi 66% superior. “Como resultado, estamos aumentando nosso estimativa de Ebitda ajustado para os resultados consolidados da JBS em 12% para o 1T23. Por fim, as discussões no call de resultados reforçaram nossa visão de que os resultados do 2T da JBS devem ser bem melhores do que os do 1T, tanto pela melhora da dinâmica do mercado quanto pela sazonalidade”, avaliam os analistas.

O BBA, por sua vez, apesar da avaliação ligeiramente positiva, não acredita que esses números indiquem uma recuperação consolidada da lucratividade da JBS, pelo menos não neste momento. “Em nossa visão, a PPC provavelmente será a única unidade de negócios no portfólio da JBS que apresentará uma melhoria sequencial de margem no 1T23”, afirma.

Segundo eles, mesmo com o aparente início de uma tendência de melhor rentabilidade para 2023 no negócio de frango, os investidores ainda devem estar esperando por um melhor ponto de entrada, já que a maioria dos ciclos da JBS está tendendo para baixo.

“Destacamos que o balanço da JBS parece suportar a dinâmica desafiadora no atual nível, mas por enquanto o momentum parece superar o valuation no universo de proteínas”, concluem os analistas.

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sportingbethttps://www.hn-plastic.com/onde-investir/palmeiras-inicia-oferta-de-fan-token-com-limite-de-compra-por-pessoa-veja-como-vai-funcionar/Tue, 25 Apr 2023 14:04:10 +0000https://www.hn-plastic.com/?p=2115724Ativos estarão disponíveis aos interessados a partir desta quarta-feira (26), às 10h

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Quase um ano e meio após anunciar seu fan token, o Palmeiras lança nesta quarta-feira (26) o $VERDAO, com o objetivo de aproximar o torcedor da equipe oferecendo diferentes experiências para quem comprar os ativos.

Em parceria com a Socios.com, a oferta inicial dos fan tokens (FTO, na sigla em inglês) será de 100 mil unidades a US$ 1 cada (pouco mais de R$ 5), que ocorrerá a partir das 10h (horário de Brasília) de quarta.

Segundo João Novochadlo, head de marketing da Socios.com no Brasil, durante as primeiras 24 horas haverá um limite por usuário para compra de até 100 ativos, limite que poderá ser excedido apenas após esse período. “A expectativa é que venda tudo nessas primeiras 24 horas”, afirmou o executivo durante evento de lançamento do $VERDAO no Museu do Futebol, em São Paulo.

O Palmeiras decidiu ter calma na entrada nesse mercado. Além de ser um dos últimos times considerados grandes do país a lançar seu fan token próprio, a oferta é bem menor que a realizada por clubes rivais. O Corinthians, por exemplo, teve 850 mil tokens em sua oferta inicial, e o Flamengo, ofertou 1,5 milhão de ativos.

Everaldo Coelho, diretor de marketing do clube, explica que a intenção é ser mais conservador, mas, com o sucesso do negócio, acredita que no futuro deverão ocorrer novas ofertas. Após um período do lançamento, os tokens poderão ser negociados entre os usuários em um mercado secundário.

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Os fan tokens não são voltados para especulação, mas para utilidade — mais especificamente, para conseguir acesso a experiências e adquirir produtos. “Um dos nossos maiores trabalhos é de educação. Sempre existem pessoas que pensam que isso é criptomoeda, mas precisamos deixar claro que não é, que é algo diferente”, afirma Coelho.

Assim como ocorre com outros times, a aquisição dos tokens permitirá aos torcedores participarem de experiências dentro do Palmeiras, como encontro com jogadores, aquisição de ingressos, itens oficiais, visitas ao Centro de Treinamento, além de participar de votações para escolha desde frases no vestiário até como será o visual da camisa do time.

Tudo isso dependerá do que time e Socios.com decidirem lançar para os detentores dos tokens. “Queremos colocar o torcedor mais no centro das decisões do clube”, explica Coelho.

A primeira ação já foi definida. Quem comprar o $VERDAO poderá votar para escolher o benefício de estreia, entre um treino com o goleiro Weverton, um workshop de pênaltis com Raphael Veiga ou um desafio de bicicleta com Rony.

Para conseguir melhores experiências, o usuário terá que ter mais tokens em sua carteira. Segundo Novochadlo, da Socios.com, existirão faixas de número de tokens que alguém precisará ter para conseguir participar da aquisição de determinadas experiências. Além disso, para adquirir esses prêmios, será preciso conquistar pontos dentro da plataforma da empresa, respondendo questionários e dando palpites sobre os jogos.

 

 

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sportingbethttps://www.hn-plastic.com/negocios/falta-de-punicao-faz-com-que-empresas-nao-busquem-evitar-fraudes-como-a-da-americanas-diz-especialista/Fri, 21 Apr 2023 17:31:05 +0000https://www.hn-plastic.com/?p=2110940Comum nos EUA e Europa, inteligência corporativa começa a crescer no Brasil com interesse de empresas e gestoras

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O caso recente de fraude descoberto na Americanas (AMER3) chamou atenção do mercado não apenas pelas cifras bilionárias, mas pela surpresa, já que nenhuma auditoria ou investidor profissional suspeitou do rombo.

Agora, passado o choque com que o mercado recebeu a notícia e a renúncia de Sergio Rial, o mercado relembra que este está longe de ser o primeiro caso envolvendo práticas questionáveis ou até ilegais em companhias. As fraudes na Petrobras (PETR4) descobertas pela Operação Lava Jato, a crise da JBS (JBSS3) com a Operação Carne Fraca, e mais recentemente os casos de trabalho escravo em vinícolas do Rio Grande do Sul, são apenas alguns exemplos que ganharam os noticiários nos últimos anos.

Na verdade, escândalos desta magnitude são tão comuns que já existe um setor voltado a evitar “surpresas”: a inteligência corporativa. As consultorias que oferecem esse tipo de serviço são especializadas em investigar o que acontece dentro das contratantes.

Comuns no exterior, onde a regulação é mais apertada para empresas que “pisam fora da linha”, é considerado um dever das companhias saber o que acontece dentro de seu negócio ou até mesmo em outras empresas quando vão realizar uma aquisição. Nos Estados Unidos, o Foreign Corrupt Privacy Act (FCPA) criado em 1977 teve um impacto global ao determinar que companhias e cidadãos americanos não poderiam subornar pessoas ou empresas no exterior para ganhar vantagem competitiva, se enquadrando no crime de corrupção caso seja descoberta.

Isso fez com que instituições no mundo todo se preocupassem em manterem seus negócios corretos, já que para ter qualquer relação com empresas dos EUA elas seriam investigadas antes. “Isso fez com que a inteligência corporativa no mundo explodisse, porque antes ninguém estava nem aí, nenhuma empresa, no Brasil ou exterior, se importava de ficar verificando se a empresa que eles compraram corrompia políticos ou se estava poluindo”, explica Luís Esnal, CEO da Nexointell, empresa de inteligência corporativa com mais de 3.400 investigações em 20 anos de atuação na América Latina.

“Depois dessa regulamentação, as empresas estrangeiras passaram a fazer isso no mundo, então, se eles compravam uma companhia no Brasil, ou vinha um fundo americano investir em uma empresa no Brasil, eles precisam fazer esse trabalho da inteligência corporativa porque não podem comprar nada errado”, continua.

Agora, o setor, já bastante desenvolvido nos EUA e Europa, começa a ganhar força no Brasil — embora ainda seja muito comum que executivos de companhias sob investigação aleguem que não tinham consciência sobre crimes praticados pela companhia.

“Hoje uma empresa no Brasil é descoberta com um problema e fala: ‘ah, eu não sabia’. Lá fora [EUA e Europa] isso não funciona. Você tinha que verificar aquilo, quem você estava contratando, você verificou o seu fornecedor, você verificou o produto, você verificou que não estava desmatando, por exemplo”, afirma Esnal.

E se algumas pessoas questionam se esse não seria o papel do órgão regulador, para Esnal, não tem como uma Comissão de Valores Mobiliários (CVM) conseguir fiscalizar esse tipo de situação. Por outro lado, segundo ele, a impunidade entre os envolvidos, se não encoraja, ao menos tranquiliza quem pratica fraudes e outros tipos de ilegalidades.

“A CVM não vai conseguir fiscalizar tudo”, afirma. “Justamente por isso, as punições precisariam ser exemplares, para que as próprias empresas busquem formas de evitar isso”, diz ele, citando que é exatamente o que acontece no EUA, onde praticamente se criou um mercado autorregulado pelas próprias empresas.

Por lá, não só é comum que empresas façam essa investigação, mas gestoras de fundos também utilizam esse tipo de serviço, para avaliar se entram ou não em determinada companhia. Nesse tipo de análise, são utilizados métodos que avaliam de dados públicos, até entrevistas com fontes de dentro da empresa, ex-funcionários, fornecedores e concorrentes.

“Os fundos de investimento são alguns dos nosso principais clientes. Em geral, todos os trabalhos de M&A (Fusões e Aquisições, em inglês) atualmente estão demandando trabalho de inteligência corporativa para entender a empresa comprada, desde o ponto de vista reputacional até operacional. Os fundos de Private Equity, em particular, mais ainda, porque você tem uma questão de que, como as empresas são fechadas, você não tem muita informação auditada, você não tem grandes controles”, diz Esnal.

Um setor em crescimento

Se nos EUA a inteligência corporativa ganhou força após a quebra da Enron, em 2001, no Brasil foi a Operação Lava Jato, a partir de 2014, que deu um primeiro gás para o setor. Mesmo assim, passando por casos com o da Carne Fraca e mesmo o mais recente, da Americanas, empresas e gestoras nacionais ainda não são adeptas desse tipo de serviço.

“A inteligência corporativa está começando a ganhar um espaço no orçamento das empresas agora”, diz Esnal, que conta ainda que as companhias, apesar de gastarem milhões de reais com auditorias e advogados, não criaram o hábito de contratar uma empresa de inteligência corporativa, mesmo que esse custo seja bem mais baixo que essas outras avaliações.

No caso da Americanas, centenas de fundos tinham ações da empresa no portfólio, e segundo o executivo, se uma delas tivesse feito um simples trabalho de investigação, avaliado como era a relação com fornecedores e bancos, por exemplo, já seria possível ter descoberto, antes, que havia algo errado. “Se eles [fundos] tivessem feito, teriam percebido que tinha alguma coisa estranha”, afirma.

Segundo Esnal, as investigações podem servir tanto para aqueles que buscam evitar um negócio ruim quanto para quem quer saber “onde está entrando”. Em uma situação, por exemplo, ele lembra que foi contratado por um fundo de venture capital que queria investir em uma empresa do setor de energia renovável cujo CEO era considerado brilhante e que teria muito potencial. A investigação, porém, indicou que o executivo  maquiava os números da empresa e omitiu um empréstimo. Mesmo com as informações em mãos, o fundo fez o investimento.

“Eles não querem saber [das fraudes], por quê? Porque até lá, até a bomba explodir, todo mundo já fez o negócio, o fundo de investimento já comprou, um monte de gente já entrou com dinheiro no fundo, eles já compraram as ações, já fizeram o IPO, todo mundo já ganhou dinheiro”, avalia o executivo. “Isso eu já vi muito, eu perdi muitos clientes, justamente porque eles não querem saber, não querem que você exponha a verdade”, diz.

O caso da Americanas ligou um grande sinal de alerta para empresas e gestoras olharem com mais cuidado para questões obscuras envolvendo os negócios, mas ainda falta uma regulação e punições mais rígidas para que inteligência corporativa realmente se torne algo comum no mercado. “As empresas precisam começar a fazer uma autofiscalização para evitar caírem nessas surpresas, de terem problemas”, conclui Esnal.

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sportingbethttps://www.hn-plastic.com/mercados/como-as-decisoes-do-fomc-afetam-o-bitcoin-e-o-mercado-de-criptomoedas/Tue, 21 Mar 2023 19:00:33 +0000https://www.hn-plastic.com/?p=1958633Após entrar nas carteiras de investidores por ser um ativo descorrelacionado, a criptomoeda colou no mercado financeiro tradicional a partir de 2022

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O Bitcoin (BTC) surgiu como uma resposta de descontentes contra o sistema financeiro tradicional durante a crise de 2008 e apesar das grandes discussões sobre seu futuro e das outras criptomoedas, ele sempre foi considerado um ativo descorrelacionado com a economia e o mercado financeiro.

Isso foi reforçado no início da pandemia do coronavírus. Após uma forte queda junto com todos os mercados, as criptomoedas iniciaram uma recuperação em menos de dois meses, conforme investidores iam avaliando a necessidade de diversificação da carteira e como as moedas digitais tinham fundamentos que as separava das ações e outros ativos.

Porém, isso começou a mudar no final de 2021, conforme aumentava a inflação nos Estados Unidos e surgiam os primeiros sinais de que uma recessão podia ocorrer em breve, o que também levaria o Federal Reserve – como é chamado o Banco Central dos EUA – a agir aumentando os juros.

Diante disso, Bitcoin, Ethereum (ETH) e outras moedas digitais passaram a ser consideradas muito mais ativos de risco do que exatamente ativos que são descorrelacionados com o mercado tradicional, mesmo que suas características não tenham mudado.

Essa mudança fez com que, por mais que os fundamentos fossem diferentes, as criptos começassem a aumentar sua correlação com o mercado de ações, principalmente os papéis de empresas de tecnologia.

Com isso,  ano de 2022 acabou sendo marcado por um período em que o Bitcoin e outras criptos andaram praticamente juntos com índices como o S&P 500 e Nasdaq, da bolsa de Nova York.

Isso alterou a forma como o mercado carrega as criptomoedas, fugindo delas em momentos de maior tensão, em que investidores correm para ativos mais seguros, e comprando quando o apetite por risco aumenta.

Como a decisão do Fomc afeta o preço do Bitcoin?

Oito vezes por ano, os membros do Fed se reúnem no chamado Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) para decidir sobre a taxa de juros americana. Desde o início de 2022, o órgão iniciou uma alta nos juros, impactando o mundo todo.

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Na prática, a elevação dos juros nos EUA incentiva a aplicação em papéis no Tesouro americano, considerados um dos ativos mais seguros do mundo e com baixíssimo risco de perdas. Conforme as taxas aumentam, a remuneração desses títulos também fica maior.

Com as criptomoedas sendo vistas muito mais como ativos de risco do que como algo descorrelacionado com o mercado tradicional, os investidores passaram a fugir delas – e até mesmo das ações tradicionais – para investirem nesses títulos do Tesouro quando o cenário está mais negativo.

O cenário, no entanto, já mostra sinais de reversão. Com a crise bancária nos Estados Unidos provocada, em grande parte, pelos juros altos, alguns analistas já começam a apostar que o Fed será pressionado a aumentar os juros em menor grau, ou até manter as taxas, indicando o fim do ciclo de aperto monetário que ajudou a sangrar o mercado cripto no ano passado.

Desse modo, além da decisão sobre os juros em si, os analistas e investidores acompanham de perto os dados econômicos dos EUA, já que são esses números que guiam o banco central na tomada de decisão. Em especial, o que tem pesado mais é a inflação, que, embora ainda alta, mostra alguns sinais de arrefecimento e pode ser um fator a mais para que haja um alívio nos juros.

Autoridades e o mercado também estão de olho no risco de recessão nos EUA e, por isso, acabam observando com atenção não só o PCE (inflação americana), mas também relatório de emprego e Produto Interno Bruto (PIB).

Bitcoin menos correlacionado

Diante disso tudo, muitos investidores se questionam se realmente o Bitcoin e outras criptomoedas são descorrelacionadas das ações e outros ativos tradicionais. Desde 2022, a criptomoeda segue avançando sempre que o humor do mercado melhora com relação aos ativos de risco, mostrando que a correlação persiste.

No entanto, essa relação vem diminuindo. Segundo informações da casa de research Kaiko, a correlação do Bitcoin com os mercados de ações dos EUA é a menor desde o colapso da FTX, em novembro, em evento apontado como anômalo – não fosse ele, a conexão entre os preços das criptos e das bolsas seria ainda menor.

Na visão de especialistas, as moedas digitais seguem sendo um “mundo à parte”, mas ainda propensas a se moverem na mesma direção dos mercados tradicionais. Um exemplo dessa dicotomia apareceu no começo do ano: enquanto os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram em janeiro 3%, 6% e quase 11%, respectivamente, o Bitcoin disparou quase 40% no mesmo período – a direção do movimento foi a mesma, mas a amplitude do ganho começou a dizer a investidores que há algo a mais por trás do movimento.

“O Bitcoin está se recuperando à medida que Wall Street se torna mais agressiva ao precificar os cortes nas taxas do Fed e à medida que as preocupações do setor bancário levam alguns a investimentos alternativos”, avalia Edward Moya, analista da formadora de mercado de câmbio Oanda.

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sportingbethttps://www.hn-plastic.com/mercados/ubs-aceita-comprar-o-credit-suisse-por-mais-de-us-2-bilhoes/Sun, 19 Mar 2023 17:14:41 +0000https://www.hn-plastic.com/?p=2085066Credit SuisseAcionistas do Credit Suisse receberão 1 ação do UBS para cada 22,48 ações do Credit detidas, o que equivale a um valor de 0,76 francos suíços por papel

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O UBS concordou em comprar o Credit Suisse depois de triplicar sua primeira oferta, em um acordo mediado pelo governo com o objetivo de conter uma crise de confiança que ameaçava se espalhar pelos mercados financeiros globais.

“Com a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, foi encontrada uma solução para garantir a estabilidade financeira e proteger a economia suíça nesta situação excepcional”, diz um comunicado do Banco Nacional da Suíça, que observou que o banco central trabalhou com o governo suíço e a Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro Suíço para promover a fusão dos dois maiores bancos do país.

Com os termos definidos, os acionistas do Credit Suisse receberão 1 ação do UBS para cada 22,48 ações do Credit detidas, o que equivale a um valor de 0,76 francos suíços por papel, para um total de 3 bilhões de francos (ou US$ 3,2 bilhões), disse o UBS em comunicado. O acordo criará uma gestora global de patrimônio com US$ 5 trilhões em ativos investidos.

O valor fechado no acordo ainda é bem abaixo do preço de fechamento do Credit Suisse de 1,86 francos suíços na sexta-feira, cotando o banco em 7,4 bilhões de francos suíços.

O Banco Nacional da Suíça prometeu um empréstimo de até 100 bilhões de francos suíços (US$ 108 bilhões) para apoiar a aquisição. O governo suíço também concedeu uma garantia para assumir perdas de até 9 bilhões de francos suíços de certos ativos acima de um limite predefinido “a fim de reduzir quaisquer riscos para o UBS”, diz um comunicado do governo.

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“Esta é uma solução comercial e não um resgate”, disse Karin Keller-Sutter, ministra das finanças suíça, em entrevista coletiva.

Nesta manhã, o Financial Times informou que tinha sido feita uma proposta de até US$ 1 bilhão pelo negócio, mas a Bloomberg em seguida afirmou que o Credit não concordava com o acordo por achar o valor muito baixo, tendo o apoio de seu principal acionista, o Saudi National Bank.

Segundo fontes disseram ao FT, o UBS concordou com o abrandamento de uma cláusula que anularia o acordo se seus spreads de inadimplência de crédito aumentassem.

O governo está preparando medidas de emergência para acelerar a aquisição e planeja introduzir uma legislação que contornará o período normal de consulta de seis semanas exigido para os acionistas do UBS para que o acordo possa ser selado imediatamente. Algumas das fontes, porém, criticaram esse plano.

O presidente do UBS, Colm Kelleher, já avisou que irá reduzir o tamanho do banco de investimento do Credit, unidade que tem registrado perdas nos últimos anos. “Deixe-me ser muito específico sobre isso: o UBS pretende reduzir o tamanho do negócio de banco de investimento do Credit Suisse e alinhá-lo com nossa cultura conservadora de risco”, disse Kelleher em coletiva.

Os bancos de investimento combinados UBS e Credit Suisse não terão mais de 25% do total de ativos ponderados pelo risco da entidade ao longo do tempo, disse o executivo. Essa proporção era de cerca de 30% no Credit Suisse no final de 2022.

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sportingbethttps://www.hn-plastic.com/mercados/ubs-faz-oferta-para-comprar-o-credit-suisse-por-ate-us-1-bilhao/Sun, 19 Mar 2023 12:21:50 +0000https://www.hn-plastic.com/?p=2085039Conselhos dos dois bancos correm durante o fim de semana para chegaram a um acordo

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O UBS fez uma oferta para comprar o Credit Suisse por até US$ 1 bilhão, com o governo suíço planejando mudar as leis do país para contornar o voto dos acionistas sobre a transação, informou o Financial Times neste domingo (19).

Porém, o banco suíço em crise não concorda com a proposta por achar o valor baixo, e tem apoio de seu principal acionista, o Saudi National Bank, para recusar a proposta, afirmou a agência de notícias Bloomberg.

A oferta foi feita na manhã deste domingo com um preço de 0,25 francos suíços por ação, a ser pago em ações do UBS, um valor muito abaixo dos 1,86 francos suíços que as ações do Credit fecharam no pregão de sexta-feira.

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O UBS insistiu em uma mudança adversa que anula o acordo se seus spreads de inadimplência de crédito saltarem 100 pontos-base ou mais, disseram as fontes do FT.

Algumas das fontes do jornal já haviam avaliado que os termos atuais eram injustos para o Credit Suisse e seus acionistas, enquanto outros criticaram os planos de anular as regras normais de governança corporativa, impedindo o voto dos acionistas do UBS.

O FT diz ainda que houve um contato limitado entre os dois bancos e que os termos foram fortemente influenciados pelo Banco Nacional Suíço e pelo regulador Finma, que buscam dar estabilidade ao sistema bancário do país. O Federal Reserve (como é chamado o banco central dos EUA) deu seu consentimento para o andamento do acordo, de acordo com as fontes.

O UBS encolherá drasticamente o banco de investimentos do Credit Suisse, de modo que a entidade combinada não representará mais do que um terço do grupo resultante da fusão, disseram duas das fontes do jornal. Por outro lado, o termo atual do acordo não especifica o que acontecerá com as divisões de negócios individuais do Credit e simplesmente descreve uma aquisição de 100% do grupo.

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sportingbethttps://www.hn-plastic.com/mercados/guararapes-guar3-dexco-dxco3-e-grupo-mateus-saltam-3r-rrrp3-e-petz-petz3-caem-a-reacao-do-mercado-aos-balancos/Thu, 09 Mar 2023 21:37:22 +0000https://www.hn-plastic.com/?p=2076625trader day trade swing gráfico ações análise técnicaAlém de MRV, IRB e CSN, outras ações tiveram forte reação aos resultados do quarto trimestre; confira as análises

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Além das reações fortes de IRB(IRBR3) e MRV(MRVE3), com alta, e de CSN(CSNA3), em baixa, após os resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22), as ações de outras companhias que divulgaram seus números do período têm reação expressiva na Bolsa.

As ações de 3R (RRRP3), Moura Dubeux (MDNE3), CSN Mineração (CMIN3), São Carlos (SCAR3) e SLC (SLCE3) tiveram quedas respectivas de 6,09% (R$ 31,33), 5,45% (R$ 5,20), 4,92% (R$ 4,83), 3,03% (R$ 14,06) e 1,69% (R$ 47,00) após os balanços. Petz (PETZ3), por sua vez, chegou quase a zerar as perdas no intraday, mas teve uma piora com o maior sentimento de aversão ao risco na reta final do pregão para o mercado em geral e fechou com baixa forte de 7,09%, a R$ 6,29.

Já entre as altas, ainda que longe das máximas, estiveram Guararapes GUAR3), dona da Riachuelo, que subiu 5,91% (R$ 5,02), Grupo Mateus (GMAT3) avançou 6,15% (R$ 5,70), Dexco (DXCO3) disparou 8,80% (R$ 7,05) e Log-in (LOGN3) subiu 7,44%, a R$ 36,53.

Confira as análises para esses e outros resultados:

Dexco (DXCO3)

As ações da Dexco disparavam apesar do resultado considerado fraco, com analistas reiterando visão positiva para os ativos. A empresa de louças e produtos para construção civil registrou lucro líquido de R$ 217,9 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 62,5% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2021.

O JP Morgan avalia que o quarto trimestre da Dexco foi fraco e destacou o fluxo de caixa livre negativo da companhia no período. Entregas mais fracas impactaram as principais divisões da companhia. O trimestre foi marcado por uma sazonalidade atípica, com eleições e Copa do Mundo durante o período.

“Os volumes menores geraram custos mais altos no período, pressionando as margens”, escreveram os analistas.  O JP Morgan também ressaltou a visão da administração da empresa, que prevê um cenário mais desafiador para 2023.

“Acreditamos que os consensos do mercado vão ser reduzidos depois dos últimos resultados, abaixo do esperado, e o guidance de um ano desafiador”, escreveram os analistas.

A casa tem classificação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 12 para DXCO3.

O Bradesco BBI ressalta que a Dexco está focada em melhorar a performance do que pode controlar, como redução de custos, ganhos de produtividade, ajustes de estratégias comerciais e maiores exportações.

“A margens devem se manter sob pressão no curto prazo, com alguma recuperação esperando ao longo do ano”, escreveram os analistas da casa. O BBA manteve perspectiva neutra para DXCO3, com preço-alvo de R$ 8.

O Goldman Sachs acredita que a situação da Dexco pode piorar ainda mais. Contudo, fez avaliações positiva sobre o negócio de painéis de madeira, que avaliou como resiliente, melhorando sua rentabilidade.

“Porém, com o mercado imobiliário no Brasil se mantendo altamente incerto (com juros ainda elevados) e a performance fraca de outras divisões, falta clareza sobre quando e a que níveis a rentabilidade chegará nos segmentos”, escreveram os analistas.

O Goldman Sachs tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10,91.

A Eleven avalia que a deterioração do poder de compra dos consumidores e cenário macro desafiador impactou a geração de caixa da companhia (a empresa queimou R$ 54,5 milhões no quarto trimestre).

Após o resultado, a casa reduziu o preço-alvo para ações da Dexco, de R$ 26 para R$ 17, mas manteve recomendação de compra. “Negociando a 5,5 vezes o Ebitda esperado para 2023, que implica em um desconto de quase 40% para a média dos últimos 5 anos, acreditamos que está em um ponto interessante de entrada e mantemos a nossa recomendação”, aponta a casa.

Os resultados da empresa vieram em linha com as projeções do Santander. A casa reiterou recomendação neutra para o papel e vê ganhos persistentemente mais fracos no primeiro trimestre de 2023. Há risco de revisão para baixo do Ebitda previsto para a companhia no período, até então de R$ 1,7 bilhão. O preço-alvo é de R$ 10.

Petz (PETZ3)

O resultado da Petz, cujo lucro recuou 32,6% no 4º trimestre de 2022, para R$ 24,9 milhões, foi considerado “relativamente fraco” pelo Bradesco BBI. A casa observa que os números vieram bastante em linha com o que o mercado esperada.

Os analistas destacaram a queda de 100 pontos-base na margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita líquida) da companhia em 2022 como um todo, o que já vinha sendo antecipado, dado resultados decepcionantes já no terceiro trimestre do ano passado.

Os principais responsáveis por esse desempenho continuam os mesmos, na visão do BBI: menor rentabilidade do canal on-line e a expansão rápida de lojas. As projeções de margem Ebitda da Petz para 2023, em 8,8%, também vieram levemente abaixo das expectativas mais otimistas do BBI, de 9,4%.

Uma estabilização da rentabilidade, por sua vez, deve ajudar na geração de fluxo de caixa livre, com margens maiores no on-line, mais eficiência nas operações físicas, melhor produtividade em serviços e uma aceleração das sinergias com as companhias adquiridas.

“De maneira geral, nos mantemos otimistas com o caso, dado o potencial de expansão de lojas no logo prazo e melhora da rentabilidade”, escreveram os analistas.

“Contudo, acreditamos que a companhia vai ter alguns desafios de execução para manter rentabilidade caso as operações digitais sigam em franca expansão”.

O BBA manteve avaliação outperform para PETZ3, com preço-alvo de R$ 100.

O Santander avaliou o quarto trimestre da Petz como um período fraco, resultado de uma contínua erosão na rentabilidade da companhia e dos negócios recém-adquiridos.

“A performance desses negócios foi fraca, de maneira geral, dentro do esperado, com Zee Dog continuando a sofrer com as turbulências do cenário macroeconômico em sua divisão internacional”, diz a análise.

“Enquanto isso, no Brasil, a natureza mais discricionária de seus produtos prejudicou vendas, levando a uma desalavancagem operacional e a um outro trimestre de Ebitda negativo”.

O Santander também disse que é preciso observar se os esforços da Petz para organizar as estruturas de negócio em 2023 serão suficientes para reverter as tendências recentes de desaceleração das receitas e corrosão da rentabilidade.

A casa tem recomendação outperform para o papel e preço-alvo de R$ 12.

O Itaú BBA faz avaliação semelhante a das outras casas, destacando que as vendas mesmas lojas da Petz vieram com crescimento fraco de um dígito e as margens fracas se estenderam por mais um trimestre.

“Os números do quarto trimestre foram fracos, dando continuidade a tendências que viemos nos últimos trimestres. Adicionalmente, a Petz registrou uma pequena melhora na dinâmica de volumes recentemente, mas ainda não temos clareza sobre a produtividade das lojas no curto prazo”, escreveram os analistas.

“Esperamos que a produtividade das lojas e a evolução da rentabilidade sejam o foco do investidor daqui em diante e, no curto prazo, ainda não é possível ver indicações de uma recuperação robusta”.

O Itaú BBA reiterou recomendação outperform para o papel pois não vê a empresa exposta a fundamentas sólidos e sem perspectiva de mudanças no longo prazo. O preço-alvo da casa para PETZ3 é de R$ 9.

Para o Morgan Stanley, os resultados recentes deram desfecho a um ano marcado por forte crescimento de receita, mas de margens pressionadas.

A casa destacou que, entre os planos da empresa para 2023, estão a desaceleração de abertura de lojas e um foco maior em eficiência de custos. “As prioridades indicam que a administração está focada em crescimento sustentável e rentável”, escreveram os analistas.

A casa tem avaliação equal weight para os papéis da Petz, enquanto aguarda tendência de melhora nas margens. O preço-alvo é de R$ 8,50.

A XP avaliou os resultados como mistos e ligeiramente acima das expectativas. Considerou que as vendas mesmas lojas foram sólidas, ainda que tenham desacelerado sequencialmente em função do forte plano de expansão da empresa e pelas aquisições feitas.

A casa tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10 para PETZ3.

3R Petroleum (RRRP3

A 3R Petroleum reportou prejuízo líquido de R$ 38,97 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), revertendo lucro de R$ 19,8 milhões do mesmo intervalo de 2021.

Em 2022, o lucro líquido somou R$ 127,7 milhões, crescimento de 8,0 vezes (698,7%) comparado ao ano anterior.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 112,6 milhões no 4T22, um crescimento de 36,3% em relação ao 4T21.

Para a XP, a 3R apresentou resultados piores do que o esperado, com Ebitda ajustado 14% abaixo da sua estimativa.

Além disso, os analistas da casa ainda veem os resultados 3R afetados por vários fatores pontuais relacionados à incorporação de novas operações que esperam desaparecer ao longo de 2023.

O Itaú BBA ressaltou que a companhia apresentou  um resultado marcado pela incorporação de novos ativos ao portfólio da empresa.

A receita líquida alcançou R$ 445 milhões (em linha com as suas expectativas e 11% abaixo na comparação com
o trimestre anterior) e foi impactada pela queda no preço do petróleo em relação ao último trimestre, ausência de
vendas em Papa Terra e manutenções no campo de Macau e Reconcavo, sendo parcialmente impulsionada pela
contribuição de três meses de Peroá e Fazenda Belém neste trimestre.

Entretanto, a incorporação dos novos ativos também contribuiu para um aumento no lifting cost (custo operacional
médio para extrair cada barril de petróleo), resultando em um aumento de 24% em relação ao trimestre anterior.
“De todo modo, mantemos nossa recomendação de ‘compra’ para RRRP3, com preço-alvo de R$ 82 ao fim de
2023, diante de um ainda elevado desconto na ação”, destaca o BBA.

Os analistas de mercado destacam ainda que, agora,  todas as atenções estão voltadas para a aquisição de Potiguar da Petrobras (PETR4), após o anúncio de suspensão temporária de venda dos ativos da estatal para análise.

“Nosso cenário base ainda é que a 3R fechará esse negócio, mas reconhecemos que a ação apresentará alta volatilidade até que haja uma visão final sobre o assunto. No entanto, notamos que os patamares de valuation já estão em níveis deprimidos, então vemos uma assimetria aqui e mantemos nossa recomendação de compra”, avalia a XP. A casa ressalta que a aquisição está em fase final de conclusão, restando agora basicamente apenas a aprovação do Ibama.

Grupo Mateus (GMAT3)

De um lado, um sólido crescimento de vendas, mesmo diante de um cenário adverso para o consumo. Do outro lado, o maior ambiente promocional devido ao plano de expansão, que segue pressionando as margens da companhia. As análises para os números do quarto trimestre do Grupo Mateus foram mistas.

Apesar da alta de 49% no lucro líquido, que chegou a R$ 311 milhões, alguns analistas avaliaram que os números do Grupo Mateus foram mistos, com destaque para uma forte geração de caixa compensada negativamente por uma rentabilidade pressionada para os próximos meses.

Essa foi a principal avaliação do Itaú BBA, que ressalta que já sabia que a empresa usaria o quarto trimestre para limpar seu estoque e melhorar a dinâmica de capital de giro, o que, segundo os analistas, fez com perfeição. “Por outro lado, o custo desta ‘limpeza’ foi maior do que as expectativas, levando a um resultado operacional (Ebitda) 14% abaixo das nossas projeções”, completam.

Analistas em geral destacaram o aumento da receita do Grupo, que avançou 37% e atingiu R$ 6,1 bilhões, com um sólido crescimento de vendas mesmas lojas de 11,7%. Por outro lado, a XP aponta que a rentabilidade baixa foi o destaque negativo ao ser puxada pela forte pressão na margem bruta ajustada, em função das fortes iniciativas promocionais, baixa na avaliação de estoques e margens mais baixas na unidade do Nordeste, em virtude do processo de maturação das lojas.

“No entanto, a alavancagem operacional compensou parcialmente a pressão sobre a margem bruta, resultando em uma margem Ebitda ajustada (ex-IFRS) de 5,0%”, afirmam os analistas da corretora.

Para o Credit Suisse, os resultados foram mistos porque “os ajustes necessários de capital de giro melhoraram significativamente o ciclo de conversão de caixa em detrimento da lucratividade da empresa, levando a margem Ebitda para níveis recordes de baixa”.

“No futuro, questionamos a consistência dos níveis de capital de giro e CCC, sem sabermos a recuperação da margem bruta, seguindo a indicação da administração de uma perspectiva de margem Ebitda estável em 2023”, concluem.

A Eleven foi quem se mostrou mais otimista, apontando que, mesmo diante de um cenário adverso para o consumo, “o Grupo Mateus reportou novamente um sólido crescimento de vendas, além de uma melhora de 29% t/t no ciclo de caixa”. Mesmo diante de algumas pressões, os analistas reiteraram a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 11,00.

Por fim, o Itaú BBA reforça que a sustentabilidade da melhoria no capital de giro e a recuperação das margens (rentabilidade) devem ser os principais pontos de interesse dos investidores. “Estamos dispostos a dar à empresa o benefício da dúvida – especialmente considerando a afirmação de que os níveis de rentabilidade se normalizaram em janeiro e fevereiro”, e com isso eles reiteraram a recomendação de “compra” para GMAT3, com preço-alvo de R$ 9.

SLC (SLCE3)

A SLC Agrícola  reportou lucro líquido de R$ 132,4 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 31,4% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2021, informou a companhia nesta quarta-feira (8).

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O Ebitda ajustado totalizou R$ 589,6 milhões no 4T22, um aumento de 2,2% em relação ao 4T21. A margem Ebitda ajustada atingiu 30,3% entre outubro e dezembro, alta de 6,9 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 4T21.

O Ebitda da SLC ficou 9% acima da projeção do BBA, diante de margens (rentabilidade) mais altas do que o esperado.

“Ressaltamos que a empresa avançou em sua posição de hedge (mecanismo de proteção de preços) para a safra 2022/23, mas ainda não começou a travar preços para a safra 2023/24 devido à expectativa de preços ainda mais altos no curto prazo. Neste contexto, mantemos nossa recomendação de ‘compra’ para SLCE3, com preço-alvo de R$ 58 ao fim de 2023”, avalia o BBA.

O Bradesco BBI, por sua vez, apontou que a SLC divulgou os resultados do 4T22 com Ebitda amplamente em linha com as estimativas de consenso da casa e da Bloomberg. O destaque fica para o anúncio da bonificação de ações que pode melhorar marginalmente a liquidez das ações e potencialmente reduzir o imposto sobre ganhos de capital para os acionistas no caso de eles venderem seu investimento na SLC no futuro. Os acionistas receberão a título de bonificação de ações uma nova ação ordinária para cada dez.

Dito isso, o BBI mantém recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para as ações, com preço-alvo de R$ 41,00, pois continua mais negativo do que o mercado no tema de preço das commodities agrícolas, que impulsionam o desempenho das ações da SLC. “Esse cenário de baixa para os preços é sustentado pelo aumento das taxas de juros nos EUA, desaceleração da demanda chinesa por produtos agrícolas, provável melhora do clima que deve impulsionar a produção global e queda dos preços da energia”, avalia.

Guararapes (GUAR3)

A Guararapes, dona da Riachuelo, reportou lucro líquido de R$ 102,257 milhões no quarto trimestre de 2022. A cifra é 66,4% menor que a registrada um ano antes. No acumulado de 2022, a companhia obteve lucro de R$ 51,980 milhões, queda de 88,5% em relação a 2021.

O Ebitda consolidado ajustado foi de R$ 389,499 milhões no 4T22, queda de 13,9% em bases anuais. A receita líquida consolidada do período ficou em R$ 2,590 bilhões, alta de 4% em relação ao quarto trimestre de 2021.

Para a XP, a Guararapes apresentou resultados fracos, com Ebitda 18% abaixo das suas estimativas, devido a resultados mais fracos na Midway, resultado de maiores provisões.

Na financeira, houve (i) uma venda de carteira de créditos vencidos por R$ 50 milhões; (ii) as taxas de inadimplência apresentaram uma pequena estabilização à medida que a o nível de inadimplência nos cartões de crédito já mostram algum alívio, quase compensando o aumento dos empréstimos pessoais; e (iii) a taxa de cobertura aumentou para 93,7% (+1,4 ponto percentual no trimestre).

Já a operação de varejo sofreu com as temperaturas mais baixas ao longo do período, além de efeitos negativos da Copa do Mundo que levaram as vendas a fecharem o trimestre estáveis no ano (SSS, ou vendas mesmas lojas em queda de 3%). No entanto, a companhia destacou um forte desempenho nas categorias de produtos feminino, infantil e beleza, com casa e eletrônicos sendo os destaques negativos, além de uma evolução positiva de vendas do trimestre, especialmente após o final da Copa do Mundo.

Para o Bradesco BBI, a companhia reportou resultados mistos, mas amplamente em linha com o esperado, com pequenos pontos positivos no varejo e uma queda nos serviços financeiros –mas, no geral, seguindo as projeções.

A receita de varejo registrou um crescimento estável em relação ao ano anterior e um crescimento de 10% em relação a 2019 (ligeiramente acima do estimado pelo Bradesco BBI), uma continuação dos números mornos do 3T22 (cerca de 9% em relação a 2019). A margem bruta do varejo caiu 1,30 ponto percentual na comparação anual (1,50 p.p. abaixo do estimado), devido principalmente ao provisionamento de perda de estoque e ociosidade da fábrica relacionada à iniciativa de centralização da produção executada no trimestre.

Para o banco, a Guararapes foi capaz de mostrar uma melhor rentabilidade no varejo, apesar do desempenho do Ebitda dos serviços financeiros (próximo do breakeven) permanecer um empecilho (embora um pouco melhor do que o Ebitda negativo da Renner na Realize). Além disso, houve os impactos exógenos negativos (Copa do Mundo e clima), o que de certa forma justifica os fracos números de receita de varejo do trimestre e leva a pensar que este trimestre não é necessariamente uma leitura precisa do desempenho da empresa nos próximos trimestres.

“Acreditamos que a gestão está no caminho certo, otimizando despesas e protegendo o caixa (até venderam um jato corporativo no trimestre), dado o ambiente difícil de crédito e consumo discricionário. A desalavancagem da dívida durante o 4T22 foi um tanto tímida, a nosso ver, mas ajuda, de certa forma, a amenizar as preocupações com o risco de balanço, embora boa parte da geração de caixa do trimestre tenha sido devido ao desconto de recebíveis, que não é a melhor fonte de geração de caixa (mas fundamental em tempos difíceis)”, avaliam.

Assim, o banco não descartou uma reação positiva hoje dos ativos devido a alguma redução de riscos no balanço e progresso na lucratividade do varejo, embora isso possa ser amenizado por preocupações com serviços financeiros e receita fraca.

“Acreditamos que as preocupações persistentes com as oportunidades de crescimento, o risco do balanço patrimonial e a sustentabilidade dos serviços financeiros permanecem legítimas, e o principal gatilho para a revisão seria uma normalização dos lucros atualmente deprimidos, o que esperamos apenas em 2024”, destacam. A recomendação segue neutra, com preço-alvo de R$ 7,20 ao final de 2023.

Log-in (LOGN3)

A Log-in reportou lucro líquido de R$ 288,5 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 1.271,7% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2021.

O lucro líquido foi positivamente impactado em R$ 197,1 milhões pelo reconhecimento de ativo fiscal diferido decorrente do aumento de estimativa de créditos fiscais mensurados pela companhia em dezembro de 2022.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 164,5 milhões no 4T22, um crescimento de 65,9% em relação ao 4T21.

O Goldman Sachs manteve avaliação neutra sobre a empresa após o resultado, mesmo reconhecendo que que o Ebitda de R$ 165 milhões obtido pela companhia tenha ficado 22% acima do que a casa previa.

A casa afirma ver melhores retornos em outras empresas do setor de energia, transporte e logística, sob cobertura de seus analistas. O preço-alvo é de R$ 35,40.

Lavvi (LAVV3)

A Lavvi registrou um lucro líquido atribuído ao controlador de R$ 32,5 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), alta de 32% frente o 4T21. Em 2022, o lucro totalizou R$ 114,89 milhões no ano, uma queda de 35% frente o ano anterior. A construtora divulgou seus números na noite desta quarta-feira (8).

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu R$ 24 milhões, um ganho de 1% em relação 4T21. Em 2022, alcançou R$87 milhões (queda anual de 51%). A receita líquida no trimestre somou R$ 147,25 milhões, avanço anual de 35%. No ano, a cifra foi de R$ 555 milhões (-9% frente 2021).

A XP destacou os resultados como neutros, explicados pela diminuição na margem bruta para 34,4% (-4,9 ponto percentual na base anual), afetada por (i) maiores descontos; (ii) mix de receita com margens menores; (iii) comparação mais difícil com 4T21. Além disso, a receita líquida aumentou (+35% na base anual), devido a vendas líquidas robustas, e o lucro líquido aumentou, ajudado também por maiores receitas financeiras.

Já para o Itaú BBA, a Lavvi teve um resultado positivo. A receita líquida aumentou tanto no comparativo trimestral quanto no comparativo anual e superou as estimativas do banco , refletindo a venda de empreendimentos em estágios avançados de conclusão. “Observe que as receitas do projeto Eden ainda não foram contabilizadas (previsto para começar no 1T23)”, avaliam os analistas, que mantêm recomendação marketperform para os ativos.

A Eleven reforça ainda que a companhia apresentou baixo nível de distrato (1% das vendas brutas), o que considera positivo dado cenário de aperto monetário, mitigando a queda na geração de receita.

No entanto, a receita líquida no acumulado do ano apresentou retração de 9% versus 2021, estando 12% abaixo das estimativas da casa. Esta retração é justificada pela ausência do empreendimento Villa Versace, Eden e Galleria Klabin
do percentual de conclusão (POC). Além disso, a retração na margem bruta em 5 pontos percentuais na base anual se deve ao cenário de pressão de custos, com lançamento de projetos que apresentaram perda de rentabilidade conforme a evolução das obras.

Com uma geração positiva de caixa operacional excluindo a aquisição de novos terrenos de R$ 65 milhões, os analistas da Even destacaram esperar uma reação positiva para as ações LAVV3 frente ao resultado apresentado. Porém, mantêm, recomendação neutra com preço-alvo de R$ 7,00 pois a companhia está negociando a múltiplos similares ao de Cyrela (CYRE3).

Moura Dubeux (MDNE3)

A construtora Moura Dubeux registrou lucro líquido de R$ 10,202 milhões no quarto trimestre de 2022, queda de 28,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de 2022, o lucro foi de R$ 105,057 milhões, alta de 23,7%, na mesma base de comparação.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e a amortizações (Ebitda) ajustado foi de R$ 19,151 milhões no quarto trimestre, queda de 6,3% em relação a um ano antes.

A receita líquida somou R$ 207,324 milhões no período, alta de 45,3%.

A Eleven avalia que o resultado foi impactado pela concentração dos lançamentos no fim do trimestre, não refletindo em uma boa performance de vendas. Além disso, a geração de receita líquida significativamente abaixo das estimativas da casa é explicada pela ausência de receita do fee de comercialização de terrenos.

As vendas líquidas apresentaram retração de 19,4% no ano e de 23,9% no trimestre, justificadas também pela maior concentração de lançamentos sob regime de incorporação, que possui curva de comercialização mais lenta. A geração de caixa somou R$ 68,4 milhões em 2022, sendo o terceiro trimestre consecutivo positivo.

“Apesar do aumento pontual de distratos na comparação com as vendas brutas, atingindo 11,6%, consideramos ainda um nível bastante confortável. Além disso, a companhia conta com baixo nível de estoque pronto, representando 4,7% do
estoque total”, avalia a Eleven, que tem recomendação de compra, com preço alvo de R$ 11,00, com a avaliação de que a ação está excessivamente descontada e em um ponto de entrada interessante.

O BBA vê os números como neutros. A receita líquida ficou em linha com as suas estimativas e praticamente estável no trimestre. No entanto, a margem bruta foi menor do que o esperado, pressionada por margens menores no segmento de condomínios devido a menores receitas com fees de comercialização. “Destacamos, porém, uma melhora na margem de incorporação”, avalia o banco, que também tem recomendação equivalente à compra para a ação.

São Carlos (SCAR3)

A São Carlos Empreendimentos reportou prejuízo líquido recorrente de R$ 3,1 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), uma redução de 63,2% na comparação com o mesmo intervalo de 2021.

Já o Ebitda recorrente totalizou R$ 67 milhões no 4T22, um crescimento de 23,8% em relação ao 4T21. A margem Ebitda recorrente atingiu 79,9% entre outubro e dezembro, alta de 12,1 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 4T21.

A receita líquida somou R$ 86,6 milhões no quarto trimestre deste ano, crescimento de 6,8% na comparação com igual etapa de 2021.

O BTG Pactual viu os números como neutros, em linha com suas expectativas, com uma receita líquida mais fraca do que o esperado compensada por menores despesas gerais e administrativas. A receita líquida ficou 4% abaixo de sua projeção mas, com o Ebitda em linha, a margem Ebitda ficou 4,5 p.p. acima do esperado.

O banco pondera que a alavancagem é alta (8 vezes a dívida líquida/Ebitda), o macro é difícil (altas taxas de juros) e as perspectivas para escritórios (especialmente escritórios “B”) são ruins. E embora a ação seja negociada com um grande desconto em relação ao valor presente líquido, o valuation não é atraente em uma base relativa e, por isso, segue com  recomendação neutra.

O Bradesco BBI também aponta que os resultados foram impulsionados por uma forte redução de despesas, mas vê o balanço com impacto neutro para a tese na empresa.

“A São Carlos conseguiu entregar um 4T22 positivo na frente operacional, enquanto seus resultados foram impulsionados por uma forte redução de despesas, o que mais do que compensou o resultado financeiro sequencialmente negativo. Olhando para o futuro, pensamos que a empresa deveria concentrar seus esforços na redução de vacância no segmento de escritórios e na continuidade da expansão do Best Center, além da desalavancagem que deveria ser alimentada pela venda de ativos, para a qual a empresa teve um forte início em 2023”, avalia o BBI, que tem recomendação neutra para SCAR3.

RNI (RDNI3

A RNI teve um lucro líquido de R$ 6 milhões no quarto trimestre, avanço de 195%, além de uma receita de R$ 176 milhões, avanço de 4% na base anual.

Para a Genial, os resultados foram bons, mas impulsionados por outras receitas. A surpresa veio na linha de outras receitas operacionais, que atingiu R$ 11 milhões, mas que foi parcialmente compensada por um menor ganho na variação monetária da carteira (R$ 13m, -32% na comparação trimestral), levando a um lucro líquido praticamente em linha com o que esperado pela casa (+1%).

A margem bruta continua se recuperando, atingindo um patamar já saudável de 26,3%, muito graças ao aumento de 11% no ano nos preços dos produtos dentro do PCVA.

Mesmo com o aumento de preços, a RNI conseguiu manter o seu patamar de vendas sobre oferta (VSO) próximo dos 20% ao longo de 2022. No entanto, dado que seus 3 lançamentos do trimestre aconteceram menos de 5 semanas para o final do ano, a VSO deste trimestre veio machucada, reduzindo para 16%. Além disso, o número de finais de semanas para efetivar vendas foi reduzido mais ainda pelo Natal e final da copa do mundo. Desconsiderando estes efeitos, a VSO seria próxima aos 20% desejados pela companhia. Este estoque novo e ainda em estágio muito inicial de vendas deve levar a uma VSO mais forte no 1T23, avaliam os analistas.

“Este trimestre e o ano de 2022 em si nos deixam mais confiantes de que a RNI segue em plena recuperação, justificando nossa recomendação de compra para RNI baseada em um desconto excessivo dos papéis”, avaliam os analistas da Genial. Contudo, eles ponderam que,  dada a baixa liquidez do papel na bolsa, alguns investidores institucionais podem não conseguir se posicionar facilmente na companhia. Isto, no entanto, não impede investidores menores de conseguirem comprar o papel sem mover significativamente o preço do papel.

CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3)

ACSN  a CSN Mineração divulgaram seus resultados do 4T22 ontem após o fechamento do mercado.

A CSN lucrou R$ 197 milhões no quarto trimestre de 2022, baixa anual de 81%, enquanto a CSN Mineração lucrou R$ 871,3 mi no quarto trimestre, alta de 23,8% frente o 4T21.

Segundo a Genial, os números vieram em linha com a expectativa da casa de um trimestre mais fraco para a siderurgia, com a mineração se destacando por um trimestre sazonalmente mais forte, aumentando sua participação dentro da receita e ajudando a arrefecer a desaceleração que o cenário macro causou na holding.

A Genial ressalta que esses foram os pontos principais para a holding CSN: siderurgia mantém dinâmica negativa;
siderurgia vem com preços em queda no mercado interno e externo; siderurgia sente impacto e desacelera forte a receita;
aquisição em cimentos ajuda a divisão a aumentar seu peso; custo de produtos vendidos vem acima do esperado, puxados por mineração e cimento; mineração ganha mais destaque no Ebitda; cimento ainda não traz aumento no Ebitda e alavancagem ainda é o calcanhar de Aquiles.

O Bradesco BBI aponta que a CSN registrou números ligeiramente melhores do que esperava no quarto trimestre, impulsionada por custos mais baixos e preços maiores na divisão de minério de ferro.

Na siderurgia, a frustração em relação aos seus números foi concentrada no mercado de exportação, enquanto o desempenho no mercado doméstico foi realmente melhor em relação ao esperado (principalmente em termos de preços praticados); já os custos caíram no trimestre.

“Em cimento, os volumes refletiram a consolidação total da Holcim, enquanto devemos ver a tendência de lucratividade crescente à medida que as sinergias são executadas. Do lado negativo, a geração de caixa foi fraca, devido aos maiores investimentos, resultado financeiro e imposto de renda, com a relação Dívida Líquida crescendo novamente”, avalia. Os analistas do BBI mantêm recomendação apenas neutra para CSNA3, pois veem maior potencial de valorização em outros lugares neste momento – “preferimos Gerdau para exposição à siderurgia e Vale (VALE3) ou CSN Mineração para exposição ao minério de ferro”.

Na CSN Mineração, aponta a Genial, os principais destaques foram: produção levemente abaixo do guidance anual;
queima de estoque sazonal ajudou nas vendas; preço realizado acelerou no trimestre; receita ficou levemente acima das expectativas; ampliação de margem; lucro líquido acima da expectativa; mineração ajudou no curto prazo, mas no longo ainda é desafio.

Mesmo com um número um pouco acima do que esperava, a Genial destaca ter acertado a tendência do trimestre, com a receita líquida unitária sendo positivamente impactada pelo aumento do preço provisionado futuro, que acelerou após as notícias de flexibilização do Covid-zero. “Vimos a CMIN bem-posicionada para se aproveitar dessa dinâmica, o que para nós, foi marca um ponto de destaque, já esperado, no resultado do 4T22”, avalia.

O BBI destaca que a CSN Mineração reportou Ebitda de R$ 1,79 bilhão, 13% acima da estimativa do Bradesco BBI, 93% maior no trimestre e 110% em base anual.

“Os resultados do quarto trimestre da CSN Mineração ficaram acima das expectativas, devido a custos abaixo do esperado e preços de venda melhores do que o esperado, enquanto o desempenho do volume foi mais fraco. Olhando para o futuro, esperamos que o impulso dos lucros permaneça saudável devido a uma forte perspectiva para os preços do minério de ferro, enquanto a empresa deve distribuir dividendos robustos (calculamos um rendimento de dividendos de 13% para 2023)”, avalia o BBI, que tem recomendação de compra para o ativo.

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sportingbethttps://www.hn-plastic.com/mercados/hapvida-hapv3-venda-ativos-aumento-capital-destaca-opcoes-cenario-de-estresse-para-companhia-desempenho-acoes/Thu, 09 Mar 2023 21:20:34 +0000https://www.hn-plastic.com/?p=2076287Possibilidade está entre as alternativas para levantar capital divulgada em comunicado e foi lida como negativa por bancos, que veem mais pressão

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Em resposta ao noticiário dos últimos dias sobre as alternativas para levantar capital, a Hapvida (HAPV3) prestou alguns esclarecimentos ao mercado na noite da última quarta-feira (8), que levaram a uma nova derrocada dos papéis da operadora de planos de saúde. A companhia destacou que está avaliando alternativas para fortalecer sua estrutura financeira, o que inclui a possibilidade de realizar um aumento de capital por meio de emissão de novas ações.

Com isso, em um pregão repleto de leilões, as ações fecharam em queda de 33,56%, a R$ 1,94 nesta quinta-feira (9). Assim, o valor de mercado da companhia passou de R$ 20,86 bilhões para R$ 13,86 bilhões em apenas um pregão, ou uma derrocada de R$ 7 bilhões.

Na véspera, a operadora de planos de saúde informou em comunicado ter concluído a liquidação financeira de sua recente emissão de debêntures, no valor de R$ 750 milhões, ao custo da dívida de CDI+1,70% e prazo de um ano em uma única parcela.

A empresa destacou ainda que vem estudando mecanismos para melhorar sua estrutura de capital, incluindo um operação de venda e locação de ativos relevantes envolvendo potenciais investidores. As negociações estão em andamento, apontou.

O esclarecimento veio após notícia do Valor chamada “Hapvida coloca à venda dois ativos para enxugar estrutura”. “Este movimento se encaixa no contexto de focar os esforços da gestão em seu negócio principal, especialmente após a fusão com a NotreDame Intermédica”, destacou a empresa no comunicado.  De acordo com o jornal, a empresa está colocando à venda ativos considerados não estratégicos – a Resgate São Francisco, de transporte de pacientes, e a empresa de tecnologia voltada à saúde Maida.

A Hapvida afirmou ainda em comunicado que está constantemente avaliando oportunidades e alternativas para o fortalecimento de sua estrutura de capital junto de sua base acionária, bem como com novos investidores. Isso inclui a possibilidade de emissão de novas ações em aumento de capital, o que dependerá de condições favoráveis de mercado e aprovações pelos órgãos societários competentes, apontou.

Para o Itaú BBA, a primeira leitura sobre o comunicado é negativa, mas pelo menos várias alternativas foram apresentadas para resolver o problema. “Em meio a muitas discussões sobre a solvência da empresa – dadas as exigências regulatórias no nível operacional que limitam o uso de seu caixa total para honrar a dívida e os juros no nível da holding –, a menção de um aumento de capital como uma opção em um momento de valuation tão pressionado (nos níveis atuais) sugere um cenário mais estressado do que o esperado anteriormente, o que deve ser percebido como negativo pelo mercado”, avaliam os analistas.

No momento, o Itaú BBA tem recomendação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) para os ativos HAPV3, com preço-alvo de R$ 7, ou potencial de valorização de 140% frente o fechamento de quarta-feira.

Já o Goldman Sachs apontou que o comunicado foi negativo, pois “corrobora as preocupações do mercado sobre as perspectivas de alavancagem/geração de fluxo de caixa para o curto prazo”.

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Os analistas do banco acreditam que um potencial aumento de capital poderia criar uma nova pressão de queda para os papéis, mesmo com a forte queda recente, além de que novas rodadas de emissões de dívida também provavelmente aumentarão ainda mais os custos de financiamento da companhia.

“Dito isso, ainda esperamos alguma contribuição de desalavancagem da geração de fluxo de caixa orgânico, caso a empresa apresente eficiência acima do esperado e aumentos médios de preços mais fortes do que o esperado ao longo de 2023”, afirma o Goldman, que tem preço-alvo de R$ 6 para as ações.

Cabe ressaltar que a hipótese de aumento de capital já tinha sido levantada por investidores em conversa com o Morgan Stanley, conforme relatado pelo banco em relatório no início da semana.

“Os investidores levantaram preocupações sobre a necessidade da Hapvida de capital regulatório no nível de holding, dada a alta alavancagem atual, alto índice de sinistralidade médica (MLR) e complexa estrutura de holding. Apesar de um aumento de capital aparentemente não ser o caso base para os investidores [naquela ocasião], houve discussões sobre o custo de financiamento e necessidades de capital da Hapvida ao longo do ano se o consumo de caixa permanecer alto e a estrutura complexa do NotreDame não permitir que os dividendos fluam para a holding”, ressaltou o Morgan na ocasião.

Na avaliação do Bradesco BBI, o aumento de capital parece ser o cenário mais provável, dadas as difíceis condições para a venda de ativos no atual ambiente macro/crédito adverso. Assumindo que o novo caixa em potencial cobrirá os R$ 650 milhões desembolsados em janeiro para a aquisição da HB Saúde (R$ 800 milhões de valor da empresa) e cerca de R$ 65 milhões para o fechamento próximo da aquisição da Sistemas Saúde (R$ 110 milhões de valor da empresa), o tamanho da oferta poderia ser de cerca de R$ 750 milhões considerando taxas e impostos, implicando na emissão de 259 milhões de novas ações (diluição de 3,6%) ao preço de fechamento de ontem de R$ 2,92 por ativo.

A família controladora Pinheiro detém 36,3% do capital social, o que implicaria em um aporte de R$ 270 milhões para manter a participação em uma potencial oferta de ações de R$ 750 milhões.

Para os analistas do banco, a atual posição de caixa da companhia parece apertada para enfrentar um cenário desafiador geral e, portanto, justifica um potencial colchão de capital por meio da oferta de ações, dado o mercado de dívida restrito.

Além disso, a diluição seria baixa (3,5%) e uma injeção de capital reduziria as preocupações com a solvência. Por outro lado, a necessidade de caixa pode sugerir que os ganhos/fluxo de caixa da empresa podem ser piores do que o mercado realmente acredita.

Os analistas do BBI também atualizaram seu modelo de forma a incorporar estimativas mais conservadoras após os resultados do 4T22, cortando o preço-alvo de R$ 6 para R$ 4,50, ainda mantendo recomendação neutra, com potencial de alta de 54% em relação ao fechamento da véspera.

Por fim, o JPMorgan acredita que o mercado “provavelmente se acalmará” se mais detalhes financeiros forem divulgados, já que as ações da companhia caíram forte desde a divulgação dos resultados. Negociando com um valuation de 16 vezes o P/L (Preço/Lucro previsto para 2023) e com baixa visibilidade de resultados neste momento, os analistas seguem com recomendação “Neutra”.

Os últimos dias têm sido de forte volatilidade para a Hapvida. Na véspera, as ações subiram 8,94%, em uma sessão positiva para o Ibovespa em geral, mas registrava perdas de 35% apenas em março até o fechamento de ontem. Na semana passada, marcada por divulgação de resultados que não agradaram o mercado, as ações caíram 43%.

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